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Análise

Jul 11, 2023Jul 11, 2023

Para quem não gosta do género RPG, cheios de acção frenética, efeitos visuais e em perspectivas isométricas, em que as pessoas falam muito e loot e de grind, é difícil explicar porque é queDiablo IVé “o” acontecimento do ano. Para todos os outros, é de caras!

Se há coisa que aNevascatem de se empenhar, é com esta franquia. Diablo III não foi, de facto, o jogo “perfeito” que muitos esperavam e isso só ficou evidente quando jogámos este. De facto, este jogo é tudo o que D3 não foi. Traz novas personagens, enriquece a história com ingredientes fantásticos e cativa os jogadores com uma jogabilidade viciante. E notem que não são só os veteranos ficam satisfeitos com mais opções de personalização das suas builds. Este é também um jogo muito acessível para aqueles que nunca experimentaram um único capítulo desta série. E ainda vemos aqui muito potencial para explorar, agora e no futuro. Estão curiosos? Equipem-se, porque vamos voltar a Sanctuary.

A primeira constatação que terão ao jogar os primeiros instantes, algo que a produtora nunca escondeu, é que este quarto capítulo é uma das melhores maneiras de se aproximarem da série pela primeira vez. Não, não precisam sequer jogar Diablo III. É sempre algo intimidatório pegar num quarto jogo de uma série de longa data mas, não neste caso. Acima de tudo, é clara a inspiração nas origens da série, especialmente do ponto de vista estético, além de uma constante tentativa de acomodar os novatos e de lhes dar as boas vindas a todo este lore e jogabilidade lendária.

O enredo (sem grandes detalhes) leva-nos novamente às terras de Sanctuary, um mundo nascido do encontro entre o arcanjo Inarius e a demónio Lilith, temível filha de Mephisto. Este não é um paraíso, parece-se mais com um inferno, uma terra desolada, onde estão escondidas seitas prontas a evocar novamente a temível Lilith. Quando volta à vida após um antigo ritual proibido, as coisas complicam-se, uma vez que as profecias indicam que será o fim da Humanidade. Impedir Lilith, caçando-a nos lugares onde trouxe morte e destruição, será a nossa principal missão, ajudados por conselheiros, aventureiros e outros heróis destemidos com um espírito igualmente indomável.

Em resumo, a narrativa é apresentada de forma significativamente mais séria e convincente do que em Diablo III, mergulhando-nos num universo de fantasia sombrio e, de certa forma, algo deprimente. Em qualquer missão ou tarefa, estaremos a braços com alguém a sofrer ou alguém oprimido, numa luta pela sobrevivência no meio de monstros infernais e outros monstros humanos. Contudo, nestes tempos desesperados, há também uma ténue esperança. Sim, já adivinharam que nós próprios seremos o prometido arauto da salvação. Como? Depende de vocês.

Antes de mais, devem saber que esta análise foi feita a dois. Eu e o colega João andámos por Sanctuary com duas experiências muito diferentes, a minha na PlayStation 5, a dele no PC. Por isso, algumas das nossas sensações e conclusões foram algo divergentes, criando um misto de palavras. E ainda bem. Jogar este tipo de jogos é sempre algo muito pessoal e ainda bem que temos variedade ou isto seria francamente aborrecido. A primeira divergência foi exactamente na escolha da classe. Obviamente, quisermos optar por personagens diferentes.

Das cinco classes presentes em Diablo IV, eu escolhiPor conta própria, eficaz tanto em combate corpo a corpo como à distância, embora seja com o arco que se revela verdadeiramente letal. O João escolheu o novíssimobárbaro, que, sem cerimónias, adora lançar-se no combate empunhando as suas enormes armas, um tanque entre os seus inimigos. Entre outras classes, os jogadores poderão escolherFeiticeiro, artista de evasão graças a habilidades mágicas,Necromante, cujo Livro dos Mortos lhe permite convocar um exército de morto-vivos e aindadruida, útil na transformação em besta selvagem, além de lançar feitiços à distância.